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Não podemos fechar os olhos!

Quando decidi que neste ano dedicaria um tempo para trabalhar com crianças e jovens, foi porque senti a necessidade de parar de fechar os olhos para o que estava bem na minha frente. Sempre pensei muito nesses dois públicos (crianças/jovens), pois o nosso futuro dependerá deles.

Você já parou para pensar em como será daqui a uns 15 anos? São as crianças e os jovens de hoje que estarão “na ativa”, batalhando em suas atividades, como fazemos atualmente e como muitos já fizeram.

Tenho dois filhos (17 e 20 anos) e a minha experiência fez com que olhasse para nossas crianças e nossos jovens com um pouco mais de atenção. No momento em que parei e vi um cenário de possível caos lá na frente, pensei: “Preciso fazer algo!”

Cada vez mais vejo casos de crianças e jovens com depressão, crises de ansiedade e problemas emocionais bem sérios. A grande maioria apresenta fragilidade, insegurança, medo, falta de iniciativa e persistência, ou acha que já sabe tudo e é autossuficiente – ou seja, está despreparada para a vida real e seus desafios. Claro que temos jovens com atitudes bem diferentes, mas infelizmente fazem parte de uma minoria.

E cadê a garra, a coragem, a força e a determinação dos pais que educaram essa geração?

Sou bem realista e me incluo na resposta: “Nós poupamos nossos filhos. Por amor, acabamos fazendo demais e não permitimos que eles pudessem colocar em prática competências tão importantes.”

Quando disse que precisaria fazer algo, comecei dentro de casa. Já faz tempo que meus filhos contribuem com as tarefas domésticas, ajudam a manter a organização e, o principal, estamos sempre conversando. Hoje em dia, com a maturidade, não penso na mãe que fui, agradeço pela mãe que me tornei. Aprendi e continuo aprendendo muito com eles. Sou grata por ter conseguido enxergar que precisava mudar de atitude para o bem deles. É difícil, mas peço a Deus que me dê forças para seguir firme. O que me deixa feliz é que eles sabem que poderão sempre contar comigo, mas estão aprendendo na prática que deverão assumir as consequências de suas escolhas.

Atualmente, estou desenvolvendo um trabalho com jovens garotas de 13-17 anos numa ONG. O objetivo é ler meus livros com elas – “Raízes a força da minha origem” para o grupo do Ensino Médio e “Esperanças o nosso conto de fada” para o Fundamental 2 – realizar dinâmicas e rodas de conversa. Está sendo uma experiência incrível, pois ficarei com elas durante 2 meses. A ideia é trabalhar com a família também. Ainda estamos no início, mas deu para perceber que esta oportunidade veio para mostrar que preciso continuar neste caminho.

A matéria de hoje é para chamar a atenção para este assunto, pois impacta diretamente na vida de todos nós. Fechar os olhos para a realidade é mais fácil, mas prefiro acreditar no poder da ação. Se esta ação for coletiva, melhor ainda! Se você concorda que precisamos fazer algo pelas crianças e pelos jovens, tente ajudar de alguma maneira. Qualquer ajuda pode parecer pouco, mas é melhor do que nada: apoiar quem realiza trabalhos focados na formação humana, perfis com conteúdos de valor, indicação de lugares que desenvolvem trabalhos com esses públicos, etc. Sei que não estou sozinha nesta luta e toda contribuição será bem-vinda. Por isso, deixe comentários, sugestões ou críticas que possam agregar. Caso conheça alguém que possa se interessar pelos assuntos abordados neste blog, fique à vontade para divulgar.

Aprendi com o tempo que podemos fazer diferença na vida de alguém, seja de maneira positiva ou negativa.  Eu escolho a positiva, e você?

 

Até daqui a alguns dias.

Forte abraço,

 

Lu Nagao

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